sexta-feira, 16 de abril de 2010

Trilogia? Lars, Tarantino, Almodóvar

Inteligência, Cores, Intelectualidade, Paixão, Criticas, Reflexão, Cotidiano, Vida Real, Ficção. Uma base dessas 3 personalidades. Todos com suas próprias teorias e regras criadas, mas principalmente a quebra delas, quando necessário.

Quentin Tarantino alcançou a fama por seus roteiros não-lineares, diálogos memoráveis e o uso de violência que trouxeram uma vida nova ao padrão de filmes familiares norte-americanos. Criou dois filmes de modo que um completasse o outro, em vez de uma mera continuação.

Almodóvar trata de situações cotidianas mas com tamanha intensidade e paixão que se torna polêmico e envolvente. Quase todos os filmes de Pedro Almodóvar são assim: acontecem logo de cara coisas incríveis e escabrosas. Com muita naturalidade e sem nenhum julgamento moral. Mas no fim os personagens que atuaram na trama fecham o filme fazendo um café da manhã ou conversando amenidades.

Lars tem a obsessão por chocar, provocar, para assim mostrar o que quer transmitir. Longe da passividade e apenas acúmulos de informação ele mostra de forma escancarada e genial suas idéias, e o telespectador longe da forma passiva e nada critica percebe nua e cruamente as grandes sacadas.
Os 3 usam artífices para expor nuances, desde a forma como abordar assuntos polêmicos, os diálogos intelectuais, o foco de filmagem, o cenário, ou a falta dele. Tudo tem seu objetivo e uma causalidade. Pedro Almodóvar tem toda sua vida em seus filmes, usa o humor de forma deslavada e tem a incrível habilidade de reunir fragmentos distantes da vida e atá-los em um só nó. Lars Von Trier Dogville apresenta claras referências visuais e influências de produção herdadas do movimento Dogma 95, manifesto cinematográfico que foi iniciado pelo próprio Lars Von Trier. Em Dogville temos a ausência de trilha sonora no filme, câmera na mão, não há deslocamentos temporais ou geográficos. E sobre tudo vai minuciosamente dissecando as crenças dos personagens, que na verdade são as nossas, e ao final tornam-se simplórias.Com Quentin Tarantino creio que ninguém consiga assistir a um filme e não sair ou amando ou odiando, assim como Lars mostra suas sacadas de forma escancarada, Tarantino usa violência, ficção e personagens que ao longo dos filmes possuem ligação além de proporcionar a cada dialogo, cena e filme muuuuita cultura pop, como mostra o curta com Selton Mello e Seu Jorge desvendando as teorias Tarantinas (http://www.youtube.com/watch?v=hY4n6DPIx_4).

Que a tua vida tenha as cores e a paixão de Almodóvar, a cultura de Tarantino e a sensibilidade de Lars e a inteligência de todos!

domingo, 4 de abril de 2010

XAMANISMO



Uma definição básica de um Xamã é relacionada às culturas primitivas que respeitam a natureza e todas suas coisas viventes. O xamanismo cobre práticas de cura de ancestrais primitivos e indígenas ao redor do mundo.
Xamanismo não vê todas as coisas como objetos fixos, como geralmente nossas convicções ocidentais sugerem, mas como padrões de energia correntes, constantemente fundindo, trocando, e vagueando separadamente em uma dança infinita. O Xamã é reconhecido como sendo uma pessoa com esta dança de energia, e como tal, está constantemente trocando energia com todas as coisas, vivendo em mudança constante. Nós nunca podemos ser exatamente como éramos a um minuto atrás, nós não podemos viver em nosso passado, nenhum poder reside no presente momento, temos que aceitar os padrões de energia que estão em nós.
Eu sinto que qualquer um que começou a buscar profundamente resgatar o contato perdido com a Mãe Terra, achando o lugar deles no grande círculo da vida, restabelecendo assim o seu próprio equilíbrio, é um " Xamã " moderno. Ser um Xamã não confere grandes poderes ou grande respeito. Mas, é uma responsabilidade para nós mesmos e nosso mundo, para curar e ensinar os outros a viverem em paz com todas as coisas.
A Cura Verdadeira é a arte de viver. Isto é, ninguém pode curar o outro verdadeiramente; nós temos que viver nossas próprias vidas. O Xamã reconhece, que nós estamos trocando energia com todas as coisas: pessoas, animais, plantas, pedras, tudo.

Do ponto de vista de um Xamã, o ritual nos leva a aprender a utilizar os métodos de cura promovendo o equilíbrio de nossas vidas, como também viver em respeito com todas as coisas (inclusive ele próprio), protegendo nossa Mãe Terra. Como exemplo eu faço um pequeno ritual matutino, ao me levantar, saudo o sol em honra da sua luz como uma fonte de vida. Ao anoitecer, saudo a lua em honra da sua luz que nos guia em nossos caminhos, ao honrar a luz começamos a desvendar o mistério sagrado da escuridão que nos faz lembrar da necessidade de termos uma direção interna que nós buscamos profundamente dentro de nós mesmos.
Outra parte de meu ritual matutino e lavar meu corpo com a água corrente (outra fonte de vida) para ajudar a limpar feridas passadas e conservar essa água, que alimenta o meu corpo e encoraja sua cura e crescimento, após esse banho ou antes faço uma meditação caminhando pela mata para clarear a minha mente.
Os xamãs carregam o conhecimento espiritual e da vida, passados oralmente, lembrando a sabedoria dos antepassados. Eles conduzem os ritos de passagem, encorajam a comunidade para enfrentar os desafios, aglutinam a consciência comunitária, criando uma identidade grupal. O xamã é um especialista do Sagrado. Ele é capaz de mover-se entre os diversos estados de consciência.